![]() Egoísmo
Muitos “ismos” (budismo, catolicismo, islamismo, protestantismo, capitalismo, comunismo, socialismo etc., etc., etc.) já foram criados para tentar aplacar a força destruidora do grande “ismo” que controla a maioria esmagadora dos seres humanos: o “ismo” do ego, ou - o egoísmo. O egoísmo é a mais terrível doença que assola a humanidade, pois dela decorrem a inveja, a usurpação, assassinatos, latrocínios, guerras. O egoísta é, na verdade, um autista - ou o verdadeiro autista - pois criou um mundo só seu, ignorando e desdenhando o mundo exterior. O egoísta/autista avalia-se erradamente nas diferentes situações, pois se sente inferior quando não devia, e superior quando não é. O egoísta não compreende que jamais viveria sozinho no planeta - porque suas forças são muito débeis para enfrentar os enormes desafios telúricos (vulcões, terremotos, tornados, tsunamis etc.); o egoísta não compreende que é com a interação com outro(s) ser(es) humano(s) que ele evolui, pois todos temos algo a ensinar, e todos temos algo a aprender com os nossos semelhantes. O conhecimento humano, por exemplo, poderia estar muito mais avançado, e muitas soluções poderiam já ter sido encontradas para problemas que parecem insolúveis - se TODOS os seres humanos - homens e mulheres, de todas as raças, de todas etnias, de todas as idades - fossem chamados a pensar sobre os problemas. Pois cada um vê o problema de um modo diferente, cada um teria uma forma diferente de abordar o problema, cada um traria uma contribuição inestimável. Mas o egoísmo, que leva, entre outros defeitos, a complexos de superioridade indevidos, faz crer que a inteligência humana é patrimônio de uma só raça, de uma só classe social etc., etc., etc. Mas quando o vulcão, ou o terremoto, ou o tornado, ou incêndios, ou inundações, ou tsunamis sobrevêm - atingem a todos, de forma indiscriminada: e os cadáveres DE TODOS serão amontoados, sejam de mesma raça, etnia, classe social - ou não. Nós seres humanos, temos TODOS uma justa importância: ninguém é tão importante quanto um egoísta gosta de pensar sobre si mesmo; nem tão inferior quanto o ególatra gosta de achar que os “outros” são. Se os problemas dos outros fossem nossos também - todos os problemas do mundo estariam terminados. Ou seja, se substituissemos o egoísmo pelo altruísmo, se não buscássemos uma uniformidade no modo de ser e pensar e aceitássemos a alteridade, a diversidade - com naturalidade. Lia Lopes Silva
Enviado por Lia Lopes Silva em 24/06/2008
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