Se houvesse escolher entre Liberdade ou Igualdade, eu preferiria que houvesse respeito entre os seres humanos, que não houvesse egoísmo, que o ser humano, seja em grupo ou individualmente, não considerasse imprescindível o prejuízo, a completa desgraça, ou o assassinato de outro(s) ser(es) humano(s), só para que ele(s) mantivesse(m) seus privilégios.

Preferiria que o ser humano não vivesse como se só existisse e realmente importasse o seu mundo particular, que o ser humano não vivesse só para exigir direitos (muitos indevidos, não merecidos), esquecidos completamente de seus deveres como membro da humanidade, como filho, como pai, como empregado ou como patrão, como governante ou como governado etc. 

Eu preferiria que começássemos desenvolvendo o sincero sentimento da fraternidade. Creio que respeitando todo e qualquer ser humano, alcançaríamos a harmonia, a concórdia, a paz; por conseqüência, teríamos, naturalmente, liberdade e igualdade - sem precisar escolher entre as duas.

Muitos parecem crer que viver segundo princípios morais e éticos é apenas uma questão de se subjulgar a Deus. Não é: é apenas a forma de se viver mais facilmente. Mas na ânsia de demonstrar que O rejeitam, os homens prejudicam apenas a si mesmos...

Muitos acham que o ser humano urbano, polido, delicado, cortes, altruísta é um ser no cabresto, e que só há liberdade na grosseria, na estupidez, no egoísmo. Só que muitos que acreditaram que a liberdade estava em fazer “tudo que lhe desse na telha”, ou estão na prisão, ou já foram violentamente assassinados. Ou, então, estão internados como pacientes em alguma instituição dedicada à reabilitação...

E assim, o ignorante, ao buscar a liberdade, se aprisiona.